sexta-feira, 23 de abril de 2010

( separando)
Uma família         e               um padre

                               Alguns meses depois que os jovens voltaram ao orfanato, um político influente da cidade resolveu adotar uma criança em sua campanha para ser deputado. Seu nome era Abraam Reilt, ele tinha por volta de seus quarenta e dois anos, era fisicamente mais jovem, embora já tivesse seus cabelos grisalhos. Ele era muito serio e queria fazer pose de político do povo adotando um jovem. Ele queria adotar um jovem para não ter que cuidar de uma criança. Ele adotou Andrei.
                               Andrei nada disse quando soube que ia embora, apenas cochichou algo no ouvido de Gregor e foi embora. No carro indo para nova casa, Abraam tentava se comunicar com Andrei, mas a única coisa que conseguiu ouvir do jovem era que ele cheirava a rato molhado. Abraam se assustou com a ousadia do menino e pensou em bater-lhe, porém fora tomado de assombrosa febre quando sentiu o perfume do menino. Olhou para aqueles grandes olhos negros e perdeu a consciência.
                              Enfim chegaram a casa, foram recebidos pelos flashes do jornal “Le Page”. Após a tediosa seção de fotos Abraam evitou chegar perto de Andrei e o mandou para o quarto.
                                No orfanato Gregor foi encontrado inconsciente em meio a uma dezena de animais mortos. O conselho o enviou a igreja da Matriz para ser exorcizado pelo padre John Satre, e se tornar discípulo dele.
                                 John levou Gregor para um quarto. Quando sentiu cheiro de morte que o jovem exalava ele iniciou o exorcismo. Foi em vão, o padre se perdeu dentro dos olhos castanhos e Gregor. O padre exaltou-se, como poderia ele exorcizar o próprio demônio original, perguntou-se.
                              Gregor estendeu a mão sobre o padre e este caiu de joelhos diante dele. Gregor pos a mão sobre sua cabeça do padre e se aproximou, cochichou ao pé de seu ouvido:
_ Fale apenas a verdade...
                 O padre caiu em prantos aos pés do jovem.

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