quarta-feira, 21 de abril de 2010

ÉMILE DURKHEIM E ANALISE SOCIAL

No Brasil temos vários períodos, eras cheias de marcos históricos, tivemos principalmente presidentes que fizeram história, a exemplo temos a era de Vargas e Juscelino Kubitscheck. Temos personagens que ainda marcam nossa historia, como exemplo o grande arquiteto Niemayer. O Brasil é cultura, a criação de Belo Horizonte, a transferência da capital do Brasil do rio para Brasília são importantes marcos históricos da formação cultural brasileira. Então dividindo em períodos demonstramos etapas em que os acontecimentos decorrerem, o que possibilita melhor estudo.

O papel do educador na formação do individuo é essencial. Tanto na formação das crianças, como muitas vezes adultos. Vemos hoje que a cada dia mais pessoas adultas lutam contra o analfabetismo e a pobreza cultural, temos o EJA. Então a missão do professor não é somente iniciar crianças no processo de formação de individuo, é ‘educar’, passar ensinamentos de geração em geração, alterar, modificar, evoluir e repensar os métodos de ensino de acordo com o período histórico que se encontram. A família inicia o processo de educação, o professor contribui e avança o processo com alfabetização, e todos juntamente com a religião, formam o individuo.

A sociedade impõe regras e normas, sejam morais ou jurídicas, cabe a esses três poderes educacionais, a escola, a família e a religião, transmitir essa estrutura, esse conhecimento aos indivíduos. A própria família pode iniciar o processo de alfabetização, mas o professor é quem deve dar o seguimento. É preciso analisar que os professores são profissionais, acima de tudo estão trabalhando. Vão transmitir conhecimento, mas educar moralmente é função principal da família. A formação de caráter é um processo continuo e variável, e depende principalmente dos três poderes educacionais: escola, família e religião. Somente inserido nesse processo o individuo se forma com noções básicas de ética, moral e cultura.

Nãos e pode estudar o Brasil e a sua educação sem analisarmos o período militar, a união estudantil, as revoluções, o comunismo, Carlos prestes, as lutas por liberdades sociais, o idealismo feminista, os hippies. Todo esse contexto formou a educação de hoje. A liberdade de ensino, os direitos da mulher para ser educadora e educada.

Um dos principais marcos para educação foi a constituição, com os direitos humanos, a liberdade de expressão, a criminalização das formas de preconceito, a incitação á igualdade de gênero. A criação a mídia imprensa foi imprescindível, pois mesmo sendo varias vezes proibido, o jornal ultrapassava limites e fronteiras e espalhava conhecimento e informação. Sejam em cartilhas de informação básica, critica política ou simples informativo. Por exemplo, temos os vários jornais proibidos no gueto de Varsóvia que transmitiam aos judeus, informações sobre os acontecimentos exteriores ao gueto.

Para compreendermos uma linha de pensamento precisamos analisar o contexto em que o pensamento foi desenvolvido. Émile Durkheim nasceu na cidade de Epinal, região de Lorena, França. Foi considerado junto com Max Weber um dos fundadores da sociologia moderna. Durkheim viveu numa época de vários processos revolucionários. Temos a revolução francesa, o período pós-napoleônico, a revolução de 1830, com a derrubada do rei Carlos X a primavera e a dos povos e a comuna de Paris, a primeira guerra mundial e a segunda revolução industrial. Temos o enfoque dos socialistas utópicos e os ideais iluministas. Viveu na época chamada de Belle-Époque.

Émile Durkheim propunha em sua teoria que existem fenômenos sociais que devem ser analisadas e demonstradas com técnicas especificamente sócias. Considerava que a sociedade é algo que estava fora e dentro do individuo ao mesmo tempo, graças as que se adotava de valores e princípios morais. Sobre a divisão do trabalho social Durkheim propôs cada indivíduo deve exercer uma função especifica, seguindo direitos e deveres em busca da solidariedade social, desta forma pode-se chegar ao progresso e avanço para todos.

Suas principais obras foram: a divisão do trabalho social (1893), as regras do método sociológico (1895), o suicídio (1897), a educação moral (1902), as formas elementais da vida religiosa (1912) e lições da sociologia (1912).

Compreendo a analise social feita por Durkheim, porem como elaborou Max weber o indivíduo tem capacidade para discernir seus atos. Durkheim já citou este fato. Ele coloca que o individuo pode quebrar o sistema de coerção social através de novos valores, criados por ele ou não. São os valores defendidos, por exemplo, por grupos ou ideologias ditas extremadas. Esta posição, lógico, vai receber uma força de coerção contrária até que consiga inverter o processo. De modo que existe a lei, a conduta moral, a noção religiosa, mas o individuo, apesar de ter a noção do que é “certo ou errado”, pode optar por simplesmente infligir às regras, sejam elas morais ou jurídicas. O individuo sabe que roubar é crime, mesmo assim escolhe por fazê-lo ou não. Da mesma forma acontece com os crimes sexuais, afetam a moral e as leis, mas o individuo optou por fazê-lo. Pode-se analisar também o fato do individuo nascer, por exemplo, em berço “católico”, e, ao atingir certa maturidade, optar por migrar para um meio protestante ou budista por exemplo. A sociedade impõe, mas na sua imposição acaba dando opções ao individuo. Quem mata, rouba ou comete crimes sexuais esta consciente do que faz. Havendo poucos casos onde há algum distúrbio psicológico que justifique o ato, como por exemplo, num individuo que sofre de esquizofrenia, ele poderia vir a sofrer alguma alucinação que o levasse a cometer algum “crime” ou ato “amoral”. a sociedade impõe, dita e da opções, ainda dentro de suas imposições. A idéia fundamental de Durkheim é que indivíduos que participam dos mesmos grupos e da mesma sociedade compartilham valores, crenças e normas coletivas que os mantém integrados. E essa sociedade só pode funcionar se tais valores constrangem as atitudes e os comportamentos individuais provocando uma solidariedade básica, que orienta as ações dos indivíduos. Durkheim usa a expressão “consciência coletiva” para expressar essa solidariedade comum que molda as consciências individuais. A família, o trabalho, os sindicatos a educação, a religião, o controle social e até a punição do crime são alguns mecanismos que mantém a viva a integração e a partilha da consciência coletiva. Os processos de socialização e integração individual são responsáveis pela aquisição por parte dos indivíduos de valores, crenças e normas sociais que mantém os grupos e a sociedade integrantes. O controle social reforça o domínio da sociedade sobre os indivíduos.

Émile Durkheim propôs os fatos sociais. Onde a sociedade impõe nossos atos, pensamentos, cultura e valores, assim o individuo é fruto da sociedade. Weber propôs que agimos por escolhas, sejam emotivas ou racionais. Apresento uma proposta de analise do homossexualismo. Em sociedades impõe que é impróprio um homem ter duas mulheres, tanto como uma mulher ter dois homens, é impróprio, mas não é proibido, exceto no caso de bigamia que é punível pela lei no Brasil. É comum o julgamento do homossexualismo como proibido. Mas como se pode analisar não se pode impor sobre instintos naturais, a não ser talvez com lavagem cerebral. Existem sociedades que mesmo ignoram a existência de uma identidade homossexual. Sendo esta identidade criticada principalmente pela religião, podemos citar, por exemplo, as religiões islâmicas. Veremos em fatos cotidianos: a sociedade impôs que homossexualismo é proibido, a religião impôs o mesmo, e os pais também impuseram que é proibido. Mas o instinto sexual, libido, ditou: necessário. Logo a sociedade impõe, mas o individuo não pode acatar. Não tem escolha por que seu instinto não permite. Então pelo embasamento religioso e familiar o individuo pode escolher se expor ou não para sociedade. Não há de certo escolha sexual, então aqui o fato não é ser homossexual, mas sim OPTAR, racional ou emotivamente pela exposição.

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