-Samuel chora sangue-
Antes que Victor pudesse falar com o anjo Samuel chegou correndo e gritando pelo anjo. O anjo confuso olhou em seus olhos, Samuel chorava sangue. Eles se abraçaram e em meio às lagrimas Samuel contou:
_ foi ela, a maldita clara. Aquela vadia, ela estava andando pela casa nua. Olhou-me com aqueles olhos grandes e verdes cheios de pecado e disse que me amava. Eu disse à ela que não. Ela me olhou e me disse que se eu não desejasse seu corpo meus olhos seriam apagados pelo sangue. Ela se aproximou e tentou me beijar. Eu bati nela e ela caiu no chão rindo. Então meus olhos começaram a sangrar.
Samuel contou e chorou mais ainda. Samuel não enxergava mais nada. Não podia ver o rosto de quem amava, não podia mais ver o horizonte e as rosas. Samuel chorou, mas nada pode ver novamente. E mais uma vez o anjo gritou basta!
O anjo levou Samuel até um quarto, deixou Samuel adormecido e foi falar com clara. O anjo tinha agora grandes olhos cinza e cheios ódio. Ele encontrou clara nua. Puxou seus cabelos e tomou-a para si. Olhou em seus olhos e deu-lhe um soco com tanta força e precisam que fez jorrar o sangue da cegueira. Clara gritava e ria com estrema falsidade e gozo. O anjo sorriu imensamente. Chamou-a de bruxa maldita. Olhou dentro de seus olhos e disse:
_ minha bela clara, acho que era isso que você queria de Samuel _ e retirou uma pequena faca do bolso e penetrou no sexo da jovem, onde desferiu a ira num corte lascivo que correu seu corpo e cessou dilacerando seu seio esquerdo. Ela gelou de tanta dor. Caiu de costas sufocando. O anjo virou-a de costas e desferiu vários golpes de faca, escreveu-lhe ainda em cortes: in memórie dhi anjo. Adentrou seu anus com a faca e cortou com movimentos frenéticos que dilaceraram sua carne. Ele a girava e cortava sua face em todas as direções com sua faca. Ele sentia o sangue deixar seu corpo, ela gritava e ninguém aparecia para ouvir seu grito sufocado, ele puxou-a pelos cabelos novamente para que ela olhasse em seus olhos, ele afundou seus dedos em meio à cavidade de seus olhos e os tomou para si. Ela sofreu até o ultimo segundo de vida. Victor chegou correndo para ver o que havia acontecido com clara. Ele tentou bater no anjo, mas foi impedido pela coruja que cortou-lhe com as garras. Ele ficou gélido de medo. A coruja rumou em direção ao corpo de clara e pousou sobre seu sangue. Victor não sabe se realmente viu a coruja comer uma pequena luz, não maior que uma moeda, que saiu do corpo da jovem morta. Ele a abraçou, mas não chorou e nem sabia se devia chorar.
A coruja voltou ao anjo e ele disse a ela:
_ voe coruja, voe de volta pra sua gaiola e não incomode mais ninguém.
Victor perguntou ao anjo o que aconteceu. Ele disse que na hora certa tudo seria explicado. Disse a Victor que o procurasse quando ele não mais se lembrasse do acontecido. Victor desmaiou e ficou inconsciente por três dias. Samuel estava cego e o anjo ficava cada segundo do dia com ele, ajudava-o a se alimentar e se banhar, contava-lhe sobre as roas e o horizonte. O anjo pos fogo no corpo da jovem clara. Proibiu qualquer um de falar sobre ela, disse que se alguém contasse a Samuel o que havia acontecido ele mataria a todos. E todos se calaram sobre isso. Sabiam que não poderiam pensar sobre a pressão do perfume do anjo, que assim mataria a todos facilmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário